Os Peregrinos

O caminho não é novo... O novo está em nós, no nosso jeito de caminhar!

Não costumamos postar textos alheios por aqui, mas esta notícia deve ser profeticamente denunciada!

é longo, mas leiam... temos que saber disto... isto a mídia não
comenta.

Todos sabem que Cuba está bloqueada, há mais de 40 anos, pelo governo dos EUA, que a impede de relações normais com o resto do mundo. Sabemos também quantas vezes a Casa Branca tentou desestabilizar a Revolução, desde a fracassada invasão da Baía dos Porcos, em 1961, aos atentados sofridos por Fidel.

O centro das operações terroristas contra Cuba está em Miami, como a organização Alpha 66. Dali partiu a maioria das operações de sabotagem. E ali vivem, sob conivência do governo que proclama odiar terroristas, cubanos que se dedicam a perpretar ações criminosas contra o povo cubano.

Cuba tem resistido às agressões por dispor de um serviço de inteligência que se caracteriza por ações preventivas. É difícil surpreendê-la. Entre os imigrantes cubanos residentes na Flórida encontravam-se cinco homens dedicados ao antiterrorismo: Antonio (Tony)Guerrero, Fernando González, Gerardo Hernández, René González e Ramón Labañino.

Os cinco foram presos em Miami, em 1998, acusados de conspirar para espionar em favor de Cuba. Submetidos ali mesmo a um tribunal sob pressão da comunidade anticastrista, receberam penas que somam quatro prisões perpétuas e 75 anos de privação da liberdade. Gerardo foi sentenciado a duas prisões perpétuas (sic) e mais 15 anos de prisão. Como comentou Fidel, terá de nascer de novo para cumpri-las… Ramón, à prisão perpétua e mais 18 anos; Tony, à prisão perpétua e mais 10 anos; Fernando, a 19 anos; e René a 15 anos.

O governo dos EUA incluiu no processo uma petição, apresentada formalmente a um tribunal federal, fazendo constar que “além do tempo que devem estar na prisão, além do tempo que dure a sanção penal, estas pessoas não podem voltar a fazer o que fizeram e, portanto, que fiquem incapacitadas por toda a vida, de modo a não pretender fazer de novo aquilo pelo qual foram trazidos aqui.”

Na ata do julgamento de René González, condenado em 14 de dezembro de 2001 (três meses após o 11 de setembro), acrescentou-se: “Como condição especial adicional à liberdade vigiada, proíbe-se ao acusado associar-se ou visitar lugares específicos freqüentados por indivíduos, grupos terroristas, membros de agrupamentos que propugnam a violência e figuras do crime organizado.”

Poder-se-ia pensar que incluir semelhante cláusula na sentença de René fosse um desatino da Justiça estadunidense. Porém, duas semanas depois, quando se deu a conhecer a sentença contra Antonio Guerrero, repetiu-se a mesma coisa. A promotora fez questão que fosse acrescida à sua sentença, de “prisão perpétua e mais dez anos”, a proibição de “freqüentar lugares onde se encontram indivíduos e grupos terroristas.”

Nenhum órgão da mídia estadunidense noticiou esses absurdos. Sobretudo o detalhe da sanção adicional, em que o governo dos EUA admite que em seu território há indivíduos e grupos terroristas, e que ele sabe bem quem são, onde vivem, que lugares freqüentam, sem que tome a iniciativa de prendê-los.

Os advogados de defesa reiteradamente denunciaram as múltiplas violações legais cometidas no processo e as injustificadas penalidades.

Em maio de 2005, cinco peritos independentes do Grupo de Trabalho sobre Detenções Arbitrárias da Comissão de Direitos Humanos da ONU, todos renomados juristas de países diferentes (nenhum cubano), após analisar o caso durante dois anos, declararam arbitrária a prisão dos cinco, contrária às convenções de direitos humanos das Nações Unidas.

Três meses depois, a 9 de agosto, três juízes estadunidenses de alto prestígio, também após dois anos de análise do processo, chegaram à mesma conclusão: praticou-se em Miami, contra os cinco cubanos, uma farsa judicial, sem nenhum valor. Decidiram, pois, anular os processos.

O governo dos EUA, sedento por castigar os cubanos, apelou a todos os recursos legais e semi-legais e submeteu a decisão dos três juízes à Corte de Apelações de Atlanta. Exatamente um ano depois, a 9 de agosto de 2006, a Corte, por maioria, rejeitou a decisão dos três juízes, ratificou as condenações, negou a realização de um novo julgamento e ordenou que o processo retornasse aos três juízes.

Dos três juízes, dois pertencem à Corte de Apelações, Byrch e Kravitch. Opuseram-se à decisão de seus pares e reiteraram que “este é um caso excepcional que exige uma mudança de cidade, devido ao preconceito latente na comunidade (de Miami) que impossibilita um julgamento imparcial.”

A Corte, entretanto, ratificou sua decisão ao rejeitar as petições da defesa e a mudança de cidade para um novo julgamento.

A decisão da Corte de Atlanta não leva em consideração o ambiente de violência e intimidação reinante em Miami, nem os fatos ali ocorridos, e noticiados pela imprensa local, que incluem a descoberta de arsenais destinados a operações armadas contra Cuba, declarações públicas de terroristas que se gabam, sob total impunidade, de suas ações contra a Revolução, e a proibição de que se publique literatura infantil sobre Cuba.

Gestos de solidariedade são, neste momento, imprescindíveis para fazer ver à Justiça e ao governo dos EUA que a opinião pública internacional está de olho e exige que se cumpra a lei.

Fernando González permanecia preso em 21 de setembro de 2006, quando completou 30 anos do assassinato, em Washington, de Orlando Letelier, que foi ministro das Relações Exteriores do governo Allende, por terroristas de origem cubana. Qual foi o seu “crime”? Infiltrar-se no grupo de Orlando Bosch e fazer o que cabia ao FBI: comprovar que ele participou da decisão de assassinar Letelier, sem que nunca tenha sido levado a um tribunal.

Em 6 de outubro completou também 30 anos que, em Barbados, terroristas explodiram um avião da Cubana de Aviação e provocaram a morte de 73 pessoas. Entre os principais responsáveis estava Orlando Bosch, que continua livre nas ruas de Miami, e o cubano, hoje com cidadania venezuelana, Luis Posada Carriles que, embora atualmente detido por questões migratórias, goza de proteção do governo dos EUA.

É preciso exigir a verdade sobre a luta contra o terrorismo, a libertação dos cinco cubanos, e que Posada Carriles seja extraditado para a Venezuela, a fim de responder pela sabotagem à aeronave de Cuba. Petição nesse sentido foi assinada por intelectuais e políticos de todo o mundo, entre os quais Noam Chomsky, James Petra e Nadine Gordimer.

A 5 de setembro, a Casa Branca divulgou o documento “Estratégia da Segurança Nacional dos EUA”, no qual consta: “Os Estados que apóiam e dão ajuda a terroristas são tão culpados quanto os próprios terroristas, e terão que prestar contas de seus atos.”

Quem dera que Tio Sam aplicasse a determinação a si mesmo!

Quem tem medo do lobo mau???

"As pessoas me olham como se eu fosse um traste; e eu penso: Traste é tu, que não tem a liberdade de sentar numa calçada!"

(morador de rua, de Porto Alegre)

Nesta semana, uma TV local traz uma série de reportagens sobre os indigentes. Embora considere-se apenas a realidade local, alguns números não devem ser diferentes nos demais lugares do país.

Dois exemplos:

Mais de 85% dos mendigos são alfabetizados, segundo uma pesquisa não-governamental de 1999;

Enquanto fatos bizarros, como uma mulher cujos olhos saltam voluntariamente das órbitas, merecem registro internacional (Guiness Book), os indigentes não aparecem nem nas pesquisas do IBGE.

O primeiro problema taí... Quem olha para eles??? Falta uma pesquisa séria para entendermos como eles foram parar nas ruas e quais as saídas para resolvermos este problema social.

Perguntados, um a um, as motivações para a mendicância são muitas: desemprego, bebida, falta de apoio da família, desilusões profundas... Mas raramente algum deles admite a falta de amor-próprio, de fé em si mesmo.

Como nós, eles preferem o caminho mais fácil. É mais fácil, para nós e nossa consciência, dar uns trocados, sobras de comida, cobertores... E, para eles, viver sem responsabilidades, estendendo a mão na certeza de que tudo o que vier é lucro.

Não percebem, eles, que a falsa sensação de liberdade esconde um desprezo pela própria vida, um medo de reconstruir suas vidas e serem novamente mal-sucedidos. Não percebemos, nós, que a falsa sensação de caridade esconde o ato egoísta de aliviar a consciência, o medo de nos envolvermos, de sermos solidários.

Ambas as motivações são de medo e comodismo. Mas a nossa atitude é pior, pois é o nosso olhar de pena que alimenta seu auto-desprezo; é a nossa falsa esmola (ato de dar tudo na mão: roupa, cobertas, alimento, dinheiro etc.) que alimenta seu comodismo e os mantêm na indigência.

Então... O que fazer???

Como fazer para promover o desenvolvimento integral, o resgate da dignidade e da vida humana, que consideramos em nossas doutrinas como bens inalienáveis?

Não é simples achar soluções eficazes para estas questões, mas é inaceitável que diante da dificuldade continuemos apenas passando para o outro lado da rua, como naquela famosa parábola... (cf. Lc 10, 30-37)

Correção Fraterna

A Bíblia é realmente o livro da Revelação! Mais... Ela é, de fato, a Palavra de Deus!
E é bem por isso, porque Deus nos fala, que precisamos sempre ler/ouvir atentamente!

Sabem... Às vezes parece que usamos citações bíblicas decoradas, só para justificar nossos atos (fraqueza, orgulho, covardia, violência, auto-piedade...), ou até mesmo a falta deles (omissão, inércia...)!

Um mito, por exemplo! Para não sermos questionados, logo dizemos: "Não cabe a nós julgar!" E nos apoiamos em frases soltas, fora de seu contexto original, tiradas levianamente da Bíblia! Seguem algumas citações mais famosas, em relação ao ato de julgar:

"Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus..."
(I Tm 2, 5)

"E por que vês o cisco no olho do teu irmão, e não reparas
na trave que está no teu olho?" (Mt 7, 3)

"Há um só legislador e juiz,
aquele que pode salvar e destruir; tu, porém, quem és, que julgas ao próximo?"
(Tg 4,12)


Lendo esses e tantos outros, isoladamente, faz sentido não podermos julgar ninguém! Mas olhem este outro trecho, também tirado da Bíblia:

"Ora, se teu irmão pecar, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir,
terás ganho teu irmão; mas se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para
que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada. Se
recusar ouvi-los, dize-o à igreja; e, se também recusar ouvir a igreja,
considera-o como gentio e publicano."
(Mt 18, 15-17)

Diante dos fatos, quais critérios devemos adotar, se não julgarmos (= discernir se houve ou não pecado)?

Aliás, ao lerem estas linhas, não estarão julgando se o seu conteúdo está certo ou errado? Não estamos sempre analisando o mundo à nossa volta? E isso não é julgar???

A própria CNBB... Ela propõe um método chamado "ver - JULGAR - agir"!
Como isso se torna possível, sem entrarmos em contradição com a Bíblia?

Lembram das "frases famosas", citadas agora a pouco? Vamos nos concentrar numa delas: Tg 4, 12. Uma leitura atenta mostrará que não devemos julgar a PESSOA (= o próximo)! Mas ali não diz que não devamos julgar o ato, o fato, as circunstâncias... A esses sim é possível julgar, sem prejudicar o próximo! Antes, é justamente por amor ao outro que devemos nos basear nos fatos (e não na pessoa) para aplicar a tal "correção fraterna", mostrada na citação acima, de Mt 18, 15-17.

Alguém, mais resistente, pode ainda insistir: Mas só Jesus pode julgar! Ora... Ao receber a comunhão, não nos tornamos o Cristo?
Aliás, não fazemos parte do Corpo Místico de Cristo? Não é esse o papel de Sua Igreja? Não é isso que quer dizer o "sede perfeitos como Perfeito é vosso Pai Celestial"? (Mt 5, 48) Se somente a Jesus cabe evangelizar, e não podemos seguir Seus passos, então pra que foi que Ele veio!?!

No Antigo Testamento há uma narração que demonstra bem como deve acontecer a correção fraterna! Deus mandou um profeta a Davi, para chamar-lhe a atenção, quando ele colocou Urias na frente de batalha, a fim de que este morresse e ele pudesse ficar com a sua mulher (é interessante ler toda a história, começando por II Sm 11, 2)! Natã (esse é o nome do profeta enviado a Davi) não era Deus, mas foi enviado por Ele! Se reconhecermos nosso papel (o de instrumentos) e buscarmos agir por amor e, no amor, com bondade, então por que não falar? Por que não "pôr o dedo na ferida"?

Sim... É fato!!! Uma crítica destrutiva não santifica ninguém! Ao contrário, afasta os menos firmes na Fé! Críticas destrutivas são más e típicas, normalmente, de um coração vingativo! Por isso, longe de nos elevar à condição de filhos e filhas de Deus, sua prática nos lança à escuridão! Mas é fato também que todo terapeuta aplica e recomenda críticas construtivas, como fonte de crescimento e saúde! E como Cristo não veio para os sãos...

Por isso, não tenhamos medo de julgar os fatos e denunciar as faltas de nossos irmãos, quando no erro, desde que a pessoa seja tratada com amor e o erro com Justiça (o que é bem diferente de vingança)! Ok!?!