Os Peregrinos

O caminho não é novo... O novo está em nós, no nosso jeito de caminhar!

Ritos fundamentalistas, ou Pão e Justiça?

Fazendas do Brasil usam pobres como escravos

Um artigo intitulado "Escravos da Floresta", publicado no jornal britânico The Sunday Times, afirma que os fazendeiros da Amazônia não estão apenas destruindo o meio-ambiente, mas também usando brasileiros pobres "para fazer seu trabalho sujo, deixando-os endividados, presos em cativeiro e abandonados".
De acordo com dados citados na reportagem, pelo menos 25 mil pessoas estariam vivendo em escravidão no Brasil, trabalhando sob um calor extremo, em condições terríveis, muitas vezes presos por dívidas criadas por seus empregadores.
O jornal denuncia que esses homens - quase sempre ingênuos e sem estudo - deixam suas cidades de origem depois de ouvirem promessas de trabalho com bons salários e excelentes condições de moradia na Amazônia.
Eles seriam recrutados pelos "gatos", funcionários de ricos fazendeiros da região amazônica.
Quando chegam a seu destino, no trem conhecido como "Expresso da Escravidão", os trabalhadores "são informados de que devem dinheiro aos proprietários das terras pelos gastos com a viagem, então começam a trabalhar já endividados", afirma o The Sunday Times.
O dominical britânico cita um relatório de 2003, nunca publicado pela Organização Internacional do Trabalho (ILO, na sigla em inglês), que diz que "casos de humilhação são freqüentes e casos de tortura física, como homens levando coronhadas e apanhando com correntes, já foram registrados".
Bhavna Sharma, da ONG Anti-Slavery International, afirma na reportagem acreditar que o governo brasileiro está genuinamente fazendo o possível para resolver o problema, mas que não teria os recursos necessários para ser bem-sucedido.
O artigo conclui que mesmo quando esses trabalhadores são libertados e passam a receber pagamentos do governo durante três meses, a tendência é que eles retornem ao ciclo de exploração.
"Eles voltam a não ter nada. Então, acabam escolhendo a mesma solução de antes - o 'gato'. É um círculo vicioso", contou o Frei Xavier Plassat, que tenta acabar com a escravidão no Brasil há 17 anos.
Fonte: bbc Brasil 03 de setembro, 2006 - 15h12 GMT

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Nossa opinião:

Como não se estarrecer com isso?

Como não se estarrecer também com os pais que colocam suas crianças nos faróis, matando-as aos poucos, intoxicadas pelo escape dos automóveis, a troco de “trinta moedas”?

Como não se estarrecer com a morte de uma professora, recentemente, no interior do RS, assassinada por traficantes? Dizem que eles ficaram enfurecidos pelo trabalho dela, de organização da classe estudantil e combate às drogas. Aliás... Guardemos esta bela palavra: Organização.

Como não se estarrecer com o muro da exclusão, construído em Santa Maria/RS, para separar um bairro em classe média e classe pobre? Não fere isso, inclusive, nossa constituição, que preza o direito de todo cidadão de ir e vir? O fato fez alguém aí se lembrar do Muro de Berlim?

Agora, a pergunta fundamental: Como sair do estarrecimento?

Ou melhor: Como tornar o estarrecimento algo positivo, que transforme a realidade e liberte nosso povo da opressão?

Devemos ficar apenas rezando para que tudo se resolva? Diante dos fatos, torna-se mesmo relevante a preocupação com o gestual, a indumentária e a posição disto ou daquilo, em nossas missas?

Não seria melhor ter mais padres melhor preparados, melhor informados, atentos à realidade, que ensinem o povo a partir da linguagem do povo mesmo, em vez de homilias que nos tornem ainda mais alienados, preocupados com o cardápio da visita “pastoral” de Bento XVI?

Que Deus nos conceda a graça de enxergar além do fundamentalismo de nossas celebrações e que nós tenhamos coragem de buscar o martírio, se preciso for, para defender a verdadeira causa de Jesus!

A Bíblia fala o tempo todo que há coisas mais importantes do que os ritos! Mas vejamos apenas uma citação: "De que me serve a multidão de vossos sacrifícios? - diz o Senhor! - Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer mal. Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas." (Is 1, 11.16-17)
“Senhor, dai pão a quem tem fome e fome de justiça a quem tem pão!” (Dom Hélder Câmara)

3 caminhantes:

Apologeta disse...

Gostaria de comunica-los que devido a lentidão insuportável do blog.com o Apologeta esta agora em novo endereço.

http://apologeta.blogspot.com

Obrigado

quinta-feira, 19 abril, 2007  

A verdade é nua e crua. O mundo passa por um problema sério, e sabemos que são os finais dos tempos. Se olharmos em volta, vamos ver que o mundo todo está deteriorado. Clamemos por Jesus! Oremos!
Espero a visita de voces e também o voto, se eu merece-lo, porque estou concorrendo ao destaque do melhor blog da semana.
beijos e fiquem com Deus!

segunda-feira, 23 abril, 2007  

Olá!
Passei por cá!
Gostava de te convidar para autor do blog: http://oamordedeus.blogspot.com
Envia-me o teu email para:
nyny.sek@gmail.com

Tudo de bom para ti!
:)

domingo, 29 abril, 2007