Os Peregrinos
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Em 2010, novamente a Campanha da Fraternidade será ecumênica. O tema é: “Economia e Vida”. O lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). Há tempos não se via um ataque tão direto, por parte das instituições religiosas, ao cerne de todos os males de nossa era: o culto ao dinheiro.
O lema da CF lembra outra passagem: “dêem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mt 22,21). Jesus disse isso quando lhe perguntaram: “É lícito, ou não, pagar imposto a César?” O imposto, como o nome já diz, é uma obrigação que, embora legal (porque previsto em lei), não seria exigido se quem o deve pagasse espontânea e livremente. O não-pagamento confere-nos o rótulo de mau devedor, má devedora, um/a “fora-da-lei”. Ora, quem já caiu nas armadilhas de um cartão de crédito sabe que o mau caratismo é de quem aplica juros abusivos, e não de quem foi enganado pela propaganda sedutora do consumismo.
Se a serpente encontrasse Adão e Eva hoje, diria: “Se comprardes isso agora, sereis como deuses”. E então eles correriam até o shopping mais perto de sua casa e, depois de gastar o que não podiam, Eva tentaria aplacar sua culpa comendo um chocolate e Adão se entupiria de cerveja. Mas ambos saberiam, em seu íntimo, que não deviam ter escutado a serpente em forma de “tela-plana-trinta-e-quatro-polegadas”.
O desejo de consumir deriva da necessidade que temos de não passar necessidade. Nada mais natural. Porém, o desejo desenfreado de consumir deriva do medo de que falte amanhã e, por isso, gera o acúmulo. Quando exagerado, o medo gera o egoísmo: “importa é não faltar pra mim!” E o grau superlativo do medo diz: “importa não sobrar para os outros!” Eureca!!! Descobrimos a fórmula da desigualdade social!
Bom... Na verdade, essa fórmula já é conhecida há anos. Quando os hebreus e hebreias estavam numa situação crítica de fome, bem no meio do deserto, Deus Javé fez chover maná do céu (Ex 16). O medo de passar fome no dia seguinte fez com que algumas famílias pegassem mais do que o necessário para o seu sustento. Porém, sem freezer, naquele deserto, logo elas perceberam que o maná tinha prazo de validade. Se não fosse consumido no dia da coleta, amanhecia estragado.
E assim, a duras penas, o povo foi aprendendo a viver só com o necessário. Tudo ia bem, até que um dia alguém resolveu cercar um punhadinho de terra e dizer que aquele espaço era seu. Mas essa é uma história para outro pôr-do-sol.
Aliás, falando em cercar um punhadinho de terra... Esta não seria uma análise completa do aspecto econômico e ecumênico do texto, se não falássemos de um terceiro “eco”: o da ecologia. Afinal, os três “ecos” estão interligados. Podemos observar, no texto, que as tentativas de exploração do meio ambiente, a extração indevida daquilo que Javé, aproveitando as características naturais do deserto, ofereceu para matar a fome (maná), foram frustradas (o maná acumulado apodreceu). Além de partilhar, o povo aprendeu a viver em harmonia com a natureza, pois colhia dela somente o necessário.
O que vale destacar aqui é a pedagogia da partilha e da harmonia com o meio, embora alguns vejam, na história do maná, uma justificativa divina para o consumismo imediatista de nossa época. Elas exigem o que é de César, mas esquecem o que é de Deus. No deserto, o povo estava murmurando contra Moisés e contra Javé, pois havia gente morrendo de fome. Hoje também há pessoas morrendo de fome, mas essas não parecem ser as mesmas que obedecem à lógica do “eu quero, e tem que ser agora!”
Essa proposta pedagógica da partilha indica uma economia bem diferente da praticada pelo atual sistema econômico mundial. A propósito: O que é economia? Que modelos econômicos conhecemos? Qual deles seria a melhor alternativa para os nossos dias? Ela tem alguma coisa a ver com a proposta do maná no deserto? Por quê?
“Nóis fumo e num encontremo ninguém!!!”
(Demônios da Garoa, mais uma vez)
Bah... Que experiência eu tive neste findi...
Bom... Simplesmente mudou o meu conceito sobre o que é gostoso! Agora eu digo, pra quem quiser saber, que:
“Gostoso é viajar 7 horas pra fazer uma coisa e não poder fazê-la!!!”
Mas enfim... Não foi de todo ruim, pois havia mais de uma coisa a ser feita e, se não pude fazer o principal, pelo menos adiantei as outras!
Não tá entendendo nada, né!?! É que eu fui a Ijuí-RS, distante 600 km a noroeste de Porto Alegre, pra dar um curso sobre: “Bíblia, Juventude e Ecologia”.
Só que, chegando lá, depois de ser muito bem recebido pelos coordenadores do evento, deixei tudo preparado para receber os cursistas... Que não apareceram!!!
Não vou dizer que foi uma das melhores experiências da minha vida... Mas não saí chateado de lá! Creio que poder resolver outras questões, referentes à coordenação de Ijuí, amenizou um pouco a frustração!
“Tá... Mas coordenação de quê?” -- você deve estar se perguntando! Eu daria o curso pelo CEBI-RS (Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos - Região de Rio Grande do Sul), a pedido da sub-região de Ijuí!
Pois bem... Hoje era pra eu estar lá, ainda... Mas não!!! Tô aqui em casa, esperando dar a hora para a festinha de aniversário do meu sobrinho Eduardo! Well... Taí outra coisa positiva de não ter tido o encontro, né!?! Poderei curtir um pouco mais a família!
Só que eu tava muito afim de falar sobre o tema! Eu me preparei com muito entusiasmo para esta conversa sobre Bíblia, Juventude e Ecologia, pois é um tema que me diz respeito! Então, caro leitor, paciência... Vai sobrar pra você, hehehehehehe...
Nas próximas postagens, vou colocar um pouco das reflexões que fiz, preparando o encontro em Ijuí – que, aliás, não ficou completamente perdido, pois remarcamos para 04 e 05 de julho! Se alguém aí estiver interessado em comparecer...
Como o estudo foi baseado nos 12 primeiros capítulos de Gênesis -- o que é muita coisa -- vou procurar fazer as reflexões por partes! Na próxima postagem, o primeiro capítulo! Até lá!!!