Os Peregrinos

O caminho não é novo... O novo está em nós, no nosso jeito de caminhar!

Jovem é outro Papo

Bendita seja a Teologia da Libertação! Será que ela sabia as conseqüências de seu discurso, quando resolveu adotar os pobres como lugar social de sua atuação?

Primeiro veio a necessidade de combater o acúmulo, objetivo dos exploradores. Operários, lavradores e outros grupos oprimidos se viram contemplados por uma Teologia dos Pobres.

Alargando a consciência crítica, as mulheres perceberam que o machismo também era uma forma de poder e dominação. Surgia a Teologia de Gênero.

Em seguida, negros, índios e outros povos perceberam que a organização mundial era eurocêntrica. Imediatamente formularam uma Teologia das Raças, Culturas e Religiões.

Aí a Teologia tradicional, conservadora, que não é boba nem nada, descobriu que o segredo das teologias libertárias era a capacidade de se organizar socialmente. Era preciso reagir! E o melhor caminho era incentivar a divisão, o individualismo.

Surgiu, então, a teologia do “salva a ti mesmo”, “preocupa-te com tua alma”, “seja o melhor que puderes” (mas sempre aja sozinho, obviamente).

É um discurso muito atraente, não acham!?! Eles até promovem grandes encontros, com pronunciamentos de grandes líderes espirituais, mas tudo sempre voltado para um “crescimento” individual. O discurso do “seja bom” é, de fato, muito sedutor... Mas ser bom não basta!

Para aumentar o poder de atração, já que está na moda a busca pela “eterna juventude” (e também porque é comum achar que os jovens -- parcela considerável da população mundial -- sejam mais facilmente influenciados), os defensores dessa Teologia “Oficial” desenvolveram discurso, metodologia e vários recursos (áudio-visuais principalmente) voltados para o público juvenil.

O diabo é que esse discurso realmente arrasta! Mas também... Pensem num primeiro encontro! O que a gente leva? Aquilo que somos, ou o que queremos que pensem de nós? Músicas animadas, vestes transadas, dinâmicas e “papos-cabeça” são muito mais atraentes do que sair falando diretamente de pobreza, poder e dominação.

É o mundo adultocêntrico, que faz ferver nos jovens os ideais de fama, honra e reconhecimento, que alimenta os desejos de aventura, competição, novidade, adrenalina... Mas, no fundo, só cria mais e mais mecanismos de manipulação de massas.

É preciso libertar também os jovens!!!

Esta libertação só vai acontecer se, em vez de reproduzirmos o modelo tradicional -- de linguagem aparentemente jovial e sedutora, mas que visa somente os interesses adultocêntricos --, deixarmos os próprios jovens falarem.

Então atenção!!! Os jovens vão falar!!! Eles também querem ter voz e ter vez! Vamos escutar???

12 caminhantes:

Olá, pessoal. Resolvi comentar para discordar um pouco de vocês.

Há um certo tempo, eu me sentia bastante atraído pela Teologia da Libertação. Eu pensava exatamente como vocês se expressaram: via nela a correta abordagem do Cristianismo, colocando os pobres, os perseguidos, no centro da mensagem de Cristo.

Com o tempo, entretanto, acabei por perceber que a Teologia da Libertação valoriza mais a idéia de "libertação" do que a teologia. E, em vez de conduzir a uma "opção pelos pobres", conduz a uma opção partidária, ideológica que é francamente hostil a Cristo. Percebi que Leonardo Boff não apenas abandonou a Igreja, mas abandonou também Deus, abraçando uma visão totalmente Nova Era, totalmente panteísta do mundo. Frei Betto, por sua vez, faz malabarismos para dizer que o homossexualismo e o aborto não são pecados - e ele faz isso justamente porque é o que defende a ideologia que ele abraçou, o marxismo.

Eua me aborrecia com o "conservadorismo" de "certas alas" da Igreja. Implicava - Deus me perdoe! - com o papa João Paulo II.

Eu não tinha percebido que queria uma Igreja que servisse para transformar o mundo por meio da política, e não por meio do coração humano. E não tinha percebido que Deus quer que amemos os pobres, e os ajudemos, por amor a Ele e aos pobres e não para defender uma causa política.

Toas essas divisões - teologias de gênero, de raças - existem apenas para criar discórdia, para dispersar o cristão. Colocar mulheres contra homens, latino-americanos contra europeus, jovens contra adultos, como se o objetivo não fosse buscar a paz, a solidariedade. A Teologia da Libertação, infelizmente, fala muito mais de rancor do que de amor.

A idéia de ser o melhor que puder não é nada nova. Existe desde sempre. E, bom é o que penso: é o único jeito de mudar o que quer que seja neste mundo.

Entendo a revolta de vocês, pois eu já a senti. Mas, pelo menos no meu caso, eu percebi que ela estava mal orientada. E entendi que uma instituição de 2000 anos de estrada tende a saber um pouco mais sobre o mundo - e especialmente sobre Deus - do que eu, com meus 20 e poucos anos.

Por favor, não se ofendam com meus comentários. É apenas uma opinião, que expresso na esperança de que seja acolhida com amizade.

Abraços,

Moisés

domingo, 02 novembro, 2008  
Possato Jr. disse...

Moisés...

É a primeira vez que vejo alguém discordar com tanta classe, tanta elegância, tanto amor e bondade, tanta vontade de dialogar!!!

Muito obrigado!!!

Mas veja só... Talvez tantas Teologias pareçam sectárias mesmo! Mas essas divisões, essas dicotomias também existem desde sempre!

A História tratou de silenciar os perdedores! Por isso, parece que a Teologia da Libertação criou essas rixas; mas é o contrário! Ela as constatou e as denuncia todos os dias, na voz dos oprimidos, os que mais sofrem com elas!

A Igreja Católica pode ter muitas razões, do alto de seus 1700 anos (antes disso se fala em Cristianismo), mas seus porta-vozes são tão humanos quanto nós!

Só um exemplo: Devo acreditar na Igreja de João XXIII, que realiza Concílios Ecumênicos e se abre a todos, inclusive (e principalmente) aos pecadores, ou na Igreja de Bento XVI, que quer poucos, mas bons (= santos?), fiéis?

Pense nisso, antes de crer cegamente no que dizem nossos líderes!

Ah... E idade não é documento! Se fosse, deveríamos dar mais crédito ao Judaísmo, que tem pelo menos o dobro da idade da Igreja Católica!

Ou às seitas orientais, que são muito, muito mais velhas!

Paz & Bem!!!

Zé Luiz.

domingo, 02 novembro, 2008  
Possato Jr. disse...
Este comentário foi removido pelo autor. domingo, 02 novembro, 2008  
Anônimo disse...

Olá Possato, Paz!

Eu concordo com o Moisés.

Eu não sou especialista em teologia nem nada, mas apesar de saber que as inteções são as melhores, a TL acaba passando (aos meus olhos) uma imagem de luta de classes e passa a idéia de que Jesus era um messias político, o que na verdade não era o objetivo dele. Seu gde objetivo era mostrar o reino de Deus.

Em alguns estudos, vi que Jesus não era contra, por exemplo ao escravagismo (operário do sistema economico da época), mas era a favor de que o escravo vivencia-se o Amor, assim como o senhor do escravo tbém vivencia-se o Amor.

Cristianismo é um chamado p ser vivido integralmente. Racionalmente, sentimentalmente, individualmente, comunitariamente e socialmente. E no âmbito social podemos abordar a busca do que é mais justo para a população, mas não incentivando a luta de classes.

Vc já leu algo sobre a Doutrina Social da Igreja? Como disse eu não sou especialista, mas já ouvi falar bem.

bem... o que eu disse é uma opnião de leigo, mas pelomenos é uma impressão que se passa sobre a TL, q acerta em alguns pontos, mas erra em outros, como qquer outro modelo humano.

é isso.
abço,

Nuno

segunda-feira, 03 novembro, 2008  

Possato, obrigado por suas palavras.

Concordo que as dicotomias apontadas (homens e mulheres, adultos e jovens, latinos e europeus, etc) existam desde sempre, até porque são dados da natureza. Mas a existência de um conflito entre elas não é algo de desde sempre. Nem foi a Teologia da Libertação que inventou esses conflitos, foi o marxismo. E está aí justamente o maior defeito que vejo na TL: Ela não pretende adaptar Marx a Cristo, mas quer fazer Cristo se curvar a Marx.

Penso que a existência de injustiças é um dado objetivo, mas não acho que a TL proponha a melhor forma de lidar com elas. Por exemplo: quantas pessoas, influenciadas pela TL, não acabaram se envolvendo em revoluções - e, portanto, ajudando a matar e torturar? Sei bem que uma das principais críticas da TL à Igreja refere-se à inquisição. Mas então aqueles que seguem a TL não deveriam evitar a todo custo fazer o que criticam?

Outro exemplo: é muito comum encontrar pessoas ligadas à TL defendendo Fidel Castro, muito embora seu governo tenha executado um mundo de opositores. Não é contraditório?

No fim, eu acabei concluindo que, entre Marx e Jesus, a Teologia da Libertação prefere Marx. E entre São Francisco e Che Guevara, está ao lado de Guevara.

Por isso - e pelas posições sobre aborto e outros temas - acabei percebendo que a TL, infelizmente, acabou se afastando de suas boas intenções iniciais para se tornar uma espécie de facção religiosa nos partidos de esquerda.

Achei curiosa a referência que você fez a João XXIII ea Bento XVI. Quando foi anunciada a eleição do então cardeal Ratzinger, confeso, não gostei. Eu torcia por Dom Claudio Hummes, ou pelo cardeal argentino. Mas hoje vejo como eu estava enganado.

Não vejo contradição entre os dois papas. Não percebo da mesma forma que você: não acho que eles representem DUAS Igrejas. O Concílio iniciado por João XXIII foi uma bênção para a Igreja. E acho que, no tempo certo, haverá outros. A abertura que ele iniciou (e aqui me pergunto: será que foi ele que iniciou mesmo? E Leão XIII?) prossegue. Mas depende do tipo de abertura que queremos: significa dizer que queremos reunir todos novamente numa mesma fé, ou achar que todos os credos podem estar igualmente certos? Essa última opção nada mais é do relativismo. Quanto a Bento XVI, penso que, ao dizer que quer uma Igreja com bons católicos, mesmo que sejam poucos, ele está certo e não está inovando em nada. Ele está apenas deixando claro que a Igreja não pode abrir mão de seus princípios a fim de agradar à sociedade e, assim, ganhar mais fiéis. Se apoiasse o aborto, o casamento homossexual, o divórcio, o sexo fora do casamento, é bem possível que muita gente se tornasse católica. Mas aí é a Igreja que não seria mais católica, seria um produto mercadológico. Acho que João XXIII não teria nenhum reparo a fazer quanto a essa idéia. Bento XVI não está fechando a Igreja, está apenas deixando mais claro o que é Igreja. Lembremos que esses temas a que me referi (aborto, homossexualismo, divórcio, sexo fora do casamento) também fora debatidos no Concílio do Vaticano II e não foram mudados. Ou seja: Bento XVI nada mais faz do que reafirmar as decisões do Concílio. E algo interessante: a Igreja Anglicana tem, frequentemente, revisto posições para se tornar mais palatável aos gostos modernos. E o que está acontecendo? Várias paróquias anglicanas, na Inglaterra e nos EUA, têm pedido filiação à Igreja Católica. Ou seja: a "modernização" está funcionando ao contrário.

E você tem toda razão ao dizer que a idade não é documento. Mas o contrário também é válido: isto é, uma idéia não deve ser acatada apenas porque é uma novidade, como se fosse o próximo passo na evolução. Tudo precisa ser refletido. E, como bem disse, Jesus, é pelos frutos que se conhece a árvore boa. Quais os frutos da Teologia da Libertação? Queda nas vocações, afastamento dos fiéis, discórdias intermináveis na Igreja, acirramento de rancores. Infelizmente não posso mais apreciar essa visão teológica.

Um abraço,

Moisés

segunda-feira, 03 novembro, 2008  

Olá amigos!

Legal essa discussão: opiniões contrárias, respeitosa e construtivamente debatidas :D

Concordo que, na caminhada da Teologia da Libertação, muitos irmãos acabaram distanciando-se de alguns princípios cristãos, muitos acreditando na violência como forma de alcançar o "Reino de Deus" (o que discordo).

Porém, isso não invalida o todo, o sonho coletivo e a amplitude com que a TL permite olhar a realidade.

Não há Reino de Deus com pessoas passando fome, sem moradia, e com o planeta destruído.
E não se conseguirá modificar essa realidade cruel sem modificar a estrutura, o sistema que concentra renda, invidualiza e exclui.
É ingenuidade acreditar que só tentando modificar o coração das pessoas a gente conseguirá alcançar um mundo justo.
Conheço gente com muito dinheiro e um bom coração, que não tem consciência que, para que possa ter bastante dinheiro, é necessário ter gente com pouco do outro lado.

Infelizmente vivemos numa sociedade de conflito. Quem tem o poder (político, econômico, jurídico...) não abrirá mão disso facilmente, em prol do bem comum. Assim, essa mudança só se conseguirá com organização.

Dessa forma, se somos cristãos e acreditamos no Reino de Deus, precisamos também ajudar o Povo de Deus a lutar pela terra prometida.

um forte abraço!

Rodrigo da Silva
Iporã do Oeste - SC

terça-feira, 04 novembro, 2008  
fa_or disse...

Acho que os jovens têm toda a liberdade do mundo para falar. Mas será que todos a saberão usar? e a quererão usar para o bem comum, se não foram educados se não a servir os seus próprios interesses individuais?
Os adultos têm a sua culpa. Saibam os próprios jovens libertar-se e discernir o que de facto convém. Porque tudo é permitido mas nem tudo convém!
Abraços

terça-feira, 04 novembro, 2008  
Anônimo disse...

olá pessoal,
achei um artigo interessante na internet escrito pelo frei Clodovis M. Boff, OSM que fala sobre TdL. O texto é grande, mas acredito que como é um assunto mto importante para todos aqui, acredito que a leitura será fácil.
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=33508
abço a todos,

Paz e Bem

Nuno

quarta-feira, 05 novembro, 2008  
Possato Jr. disse...

Olá, pessoas!!!
Desculpem a demora... Eu estive fora, mas voltei!!!
Fico frustrado por ter proposto discutirmos uma Teologia das Juventudes e, em vez disso, as reações terem sido em relação à Teologia da Libertação!
Creio que este assunto já foi muito debatido, em outras ocasiões, enquanto nunca conversamos sobre a questão da visão jovem da Bíblia, por exemplo!
Mas vou responder aos questionamentos, pois é isto que entendo por valorizar a opinião dos outros!
Vamos lá...

terça-feira, 11 novembro, 2008  
Possato Jr. disse...

Olá, Nuno!!!

O que tu entende por luta de classes? Estou curioso...

Quanta gente passando fome, sem casa, na mais absoluta miséria... Enquanto outros têm de tudo, podem tudo, nunca ouviram um choro de fome que não pudessem atender e não parecem perder nenhuma noite de sono por causa dessas desigualdades!

Tu acha que é do Reino de Deus isso??? Não teria dito Jesus: “Quem tiver duas túnicas, reparta-as com aquele que não tem; e quem tiver o que comer, faça o mesmo” (Lc 3,11)?

Desculpe... Mas onde tu leu que Jesus não se opunha à escravidão? Não precisamos ser especialistas para falar... Mas precisamos pelo menos saber um mínimo pra não dizer besteira! É de uma carta paulina a máxima de que: “Os servos devem em tudo ser obedientes aos seus senhores...”! (Tt 2,9-10)

Já fizeste uma pesquisa de quantas vezes aparece a palavra “escravo” nos Evangelhos? Faça... Vai te surpreender!

Interessante notar, ainda, que o próprio Paulo, em outro momento, escreve: “Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher; pois todos vós sois um só em Cristo Jesus!” (Gl 3,28)

Tem também uma carta, Filêmon, onde Paulo recomenda que o escravo Onésimo volte a seu senhor, mas que Filêmon o trate: “não mais como escravo, mas bem melhor... como irmão amado!” (Fm 1,16) Irmão escraviza irmão? Que doutrina social mais pervertida será essa?

Ou Paulo é contraditório, ou podemos aceitar o que dizem os especialistas em exegese e literatura: que Paulo escreveu algumas cartas e outras foram dedicadas a ele!

Um estilo mais rápido, agitado, agressivo, é próprio de quem está em caminhada, preso, ou em fuga: tal é o caso de Gálatas, Filêmon e de Paulo! Já, um estilo mais culto, melhor elaborado, refinado, é próprio de um doutor, um especialista, alguém que teria tempo e tranqüilidade para escrever: este é o caso da carta a Tito!

Esta carta pertence a uma geração posterior a Paulo, onde o cristianismo já entrou nas cidades grandes do Império (Roma, Antioquia, etc.) e começa a virar instituição. Por isso, infelizmente, precisa se moldar a costumes impossíveis de se eliminar nas metrópoles de então: um deles é a escravidão.

É bom conhecer a doutrina social da Igreja! Quem te disse que não a conheço? Mas te digo uma coisa: Se nela estiver escrito (e não está) que quem tiver duas túnicas deve providenciar mais uma para si, rasgue-a! É melhor ficar com a Bíblia, que é o livro mais próximo de Jesus, do que com doutrinas que não se comprometem com os “doentes”, mas com os “sãos” (Mt 9,10-13; Mc 2,15-17; Lc 5,29-32). Não foi para os “doentes” que o “Médico” veio?

Paz & Bem!!!

terça-feira, 11 novembro, 2008  
Possato Jr. disse...

Olá, Moisés!!!

Caramba... Jesus se curvando a Marx? Eu, hein... É certo que a TdL não inventou os conflitos; mas nem Marx, ou o marxismo, podem ser os pais de algo que existiu desde as origens!

Marx, assim como a TdL, constatou as desigualdades, mas também não foi o primeiro. Talvez tenha sido o primeiro a sugerir uma luta SISTEMÁTICA de classes. Mas a luta de classes também existiu desde sempre. Constatação simples: o que fez Moisés liderar uma comitiva em fuga do Egito? Era uma luta contra a opressão? Então era uma luta de.......????

Nenhum teólogo propõe que Cristo se curve a Marx. Isso é uma calúnia propagada pelos inimigos da TdL. Nem mesmo o Bento XVI, que silenciou Leonardo Boff, afirmou tal barbaridade. Ele tinha medo de que o catolicismo latino-americano fosse substituído pelo marxismo, como se uma coisa excluísse a outra. É bem diferente, não acha???

Sim... Houve e continua havendo excessos na TdL. Mas as diferenças de credo não existiram a partir dela, nem a partir de Lutero, mas a partir da origem mesmo. Basta ler At 15 (Concílio de Jerusalém) pra ver que a Igreja já tinha divergências desde o início.

De resto, faço minhas as palavras do Rodrigo Pjoteiro.

Ah... Outra coisa!!! Muito triste -- e preconceituoso -- teu comentário sobre os anglicanos. Acabo de vir de um encontro ecumênico, onde estive reunido com uma família de anglicanos. Gente maravilhosa!!! Uma abertura incrível ao novo, sem perder os “velhos” valores do Evangelho. Eles têm mulheres ordenadas; e isso não é nenhuma novidade. Paulo já falava em apóstolas (Rm 16,7). De resto, não vejo muitas diferenças com a ICAR.

Por fim... Pode ser mesmo que frei Betto faça muitas ginásticas pra relativizar o aborto e a homossexualidade (aliás, homossexualidade não é doença nem desvio! Isso já está comprovado cientificamente! Mas os fundamentalistas continuam na época das cruzadas e da inquisição e, por isso, ficam perseguindo suas “bruxas”).

Por outro lado, entretanto, é incrível o esforço que se faz para relativizar as discordâncias entre papas. Leão XIII ou João XXIII... Tanto faz!!! Querer dizer que Bento XVI é continuador deles é também uma ginástica e tanto!

Paz & Bem!!!

terça-feira, 11 novembro, 2008  
Possato Jr. disse...

Ah... E só pra fechar...

Em relação ao texto de Clodovis, quem sou eu pra responder alguma coisa? Afinal, os irmãos Boff são grandes teólogos!

Por isso, deixo a teólogos de mesmo quilate o direito de resposta! Confiram:

Do site: http://www.adital.org.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=34540

Brasil - João Batista Libânio e a Teologia da Libertação

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http://www.adital.org.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=33420
Teologia da Libertação após Aparecida volta ao fundamento?

IHU - Unisinos *

Adital - Luiz Carlos Susin e Erico Hammes refletem sobre a Teologia da Libertação e sobre a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, realizado no ano passado em Aparecida, a partir do polêmico e recente artigo de Clodovis Boff.

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http://www.unisinos.br/ihu/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=14282

Pelos pobres contra a estreiteza do método. Um artigo de Leonardo Boff

"Dizendo diretamente: o texto de Clodovis causa perplexidade e perturbação...”

terça-feira, 11 novembro, 2008